Plano de trabalho:
1-Escolher uma faixa de calçada portuguesa.
2-Arrancar as pedras do pavimento.
3-Re-pavimentar a calçada com as mesmas pedras, organizando um mosaico com a seguinte frase: NAQUELA NOITE O CLARIM NÃO PEDIU O SILÊNCIO / Homenagem a Revolta das Chibatas.
Advertência: o mosaico deveria ser construído com pedras brancas, da mesma cor, de maneira que a escrita fosse velada _ só um passante atencioso notaria a mensagem recalcada.
Como surgiu a idéia:
Primeira referência: Andando por Belo Horizonte, certa vez encontrei um mosaico “esquecido” (veja foto acima). Seu estado “quase invisível” contava o seguinte: Existia um mosaico com um determinado desenho de pedras pretas sobre um fundo branco. Posteriormente, as pedras pretas foram retiradas e substituídas por pedras da mesma cor que o fundo, para que o mosaico fosse apagado. Mas o desenho ainda pode ser notado pois os contornos da disposição das pedras permaneceram inalterados.
A tradição destes mosaicos vem de Portugal. No Brasil, e sobretudo
Segunda referência: Em 2008, em uma série de “poemas comportamentais”, prestei homenagens a vários heróis empilhando equilibradamente pedras soltas das caçadas sobre a estatuária militar da cidade. Um dos bustos privilegiados foi o do Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha de Guerra do Brasil.(veja foto).
Terceira referência: os últimos versos de uma canção de Aldir Blanc e João Bosco:
Salve, o navegante negro/ que tem por monumento /as pedras pisadas no cais.
Ariel Ferreira
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